terça-feira, 11 de junho de 2019

O Sol é Para Todos


Título:
O Sol é para todos
Autora: Harper Lee
Editora: José Olympio

Páginas: 364
           Matar um Rouxinol?
 Oi, gente! Tudo bem? Hoje eu estou aqui para falar de um clássico da literatura estadunidense: O Sol é Para Todos, de Harper Lee. Foi publicado pela primeira vez em 1960 e até ganhou o Prêmio Pulitzer de Literatura, em 1961.
  É um livro profundo, mas com uma narrativa que flui bastante. Considerada por diversos críticos como uma das melhores século XX, a obra  surpreende por ainda ser bastante atual ao tratar de assuntos como racismo, (in)justiça, inocência, passividade... tudo narrado pela perspectiva de uma garotinha, Scout, que ainda está construindo seus valores e crenças.
  Scout, na realidade Jean Louise Finch, vive na fictícia cidade de Maycomb, Alabama, junto com seu irmão, Jeremy (Jem) Finch, e seu pai, o advogado Atticus Finch. A história se passa na década de 1930, período em que nos EUA ainda vigoravam as terríveis leis de segregação racial (que só foram derrubadas entre as décadas de 1950 e 1960).


  Inicialmente, o livro trata do cotidiano da família Finch. Scout narra as aventuras e brincadeiras com seu irmão e seu amigo, Dill, os puxões de orelha de Calpúrnia, que trabalha há muitos anos na residência dos Finch e cuida das crianças, a rotina de esperar o pai chegar do trabalho e ouvi-lo ler os jornais, a escola... enfim, os hábitos da família.
  Todavia, tudo muda quando Atticus é designado para defender Tom Robinson, um homem negro e pobre, que é acusado de estuprar uma mulher branca. Ao se considerar a sociedade racista e segregacionista de Maycomb, todos imediatamente condenam Tom e passam a censurar Atticus, homem branco, por defendê-lo.
   No entanto, como defender um homem que antes mesmo de ser julgado já está condenado pela "elite branca" preconceituosa e hipócrita? Em meio aos dilemas e injustiças do caso, Scout e Jem começam a enxergar uma Maycomb diferente daquela que, em meio a inocência de criança,  conheciam. Surge uma nova cidade, marcada pelo preconceito, passividade, desigualdade...
 
   
   Para além do tema do preconceito racial, o livro também aborda questões como o amadurecimento e perda  da inocência, expressas, por exemplo, no personagem Jem que, quatro anos mais velho que Scout, compreende melhor a situação, o descortinar de uma cidade preconceituosa. Inclusive, o título do livro está relacionado a essa temática. No inglês, chama- se "To Kill a Mockinbird", algo como "matar um passarinho" ou "matar um rouxinol"; pelas referências da narrativa, pode-se entender esse rouxinol justamente como  a inocência, que está presente principalmente nas crianças e as faz enxergar a vida e a sociedade com mais pureza. No Brasil, adaptou-se o nome para "O Sol é para todos", não encontrei muitas justificativas a respeito, mas acho que o sol faz referência a liberdade e ao horizonte que todos deveriam ter
   A narrativa também aborda valores morais. Mesmo em uma sociedade racista, alguns personagens permanecem fieis  as suas crenças e defendem que a sociedade deveria ser mais justa e não julgar alguém  por sua etnia ou cor de pele.
  Além dos já citados, há outros personagens como Boo Radley, Mayella Ewel, Maudie Atkinson e Tia Alexandra, que contribuem positiva ou negativamente  para o desenrolar da história. 

Enfim, gente, acho que já me prolonguei demais... Esse foi o livro de hoje, espero que leiam e aproveitem, assim como eu. Beijos e Até +                                           

      

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